domingo, 25 de julho de 2010

Chegaram os materiais!


A notícia mais aguardada pela UnB Ceilândia finalmente chegou, mas não foi recebida com alegria por parte da comunidade acadêmica, que mais uma vez vai ter que dar um "jeitinho". Na última quinta-feira (22 de julho), um caminhão começou a descarregar os equipamentos para as práticas de fisioterapia e terapia ocupacional onde funciona nosso campus provisório, o CEM 04. Que o lugar tem problemas de todo o tipo, todos nós sabemos. Nada é suficiente. Não há espaço para nada. E onde foram guardados os materiais novos? Dentro do laboratório multiuso!
Quando os alunos começaram a questionar a diretoria sobre
o ocorrido, fomos repreendidos por estarmos reclamando de algo que é para a melhoria do andamento dos cursos.
Claro que concordamos nisso, mas sabemos que não há espaço para esses aparelhos serem montados, tampouco lugar adequado para colocá-los; e o que seria motivo de alegria para os estudantes, torna-se mais um transtorno. Por causa dos materiais estocados, não teremos aulas no laboratório. Se ainda havia uma ínfima esperança de uso do espaço para as práticas de microscopia e bioquímica com o fim da greve dos funcionários, agora não há mais nenhuma.

terça-feira, 20 de julho de 2010

A minha Ana


A chamo de minha porque a carrego comigo a cada segundo dos dias mais belos ou tristes. Ana é
um nome tão bonito! Nome mulheril, poético, monossilábico e tão gostoso de se pronunciar! Uma sereia de longos cabelos; uma moça no banco da praça; caravelas em seu cabelo, uma mulher na mesa de fundo de um bar quase sumindo por entre a fumaça dos charutos. Ela exprime o mistério e a gostosura de ser "Ana". Que torna tudo tão sutil e bonito com apenas palavras doces e moderadas. Ana, a extensão de mim envelhecida, a intelectual, amante de Drummond, a nobre, sonhadora, escritora a galgar os escorcéus, a senhora na janela, a moça, a menina, a minha. Miranda.

domingo, 18 de julho de 2010

Vem me socorrer




Não tenho um tom
Não tenho palavras
Não tenho acorde que
Me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho você

Havia um silêncio
Que mostrou os meus vícios
Me agarro contigo
Vem me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho você amor
Agora

E essa não é mais uma canção de amor
Não, não, não

Eu canto pra ti
Sei onde estou
Olhando pra mim posso saber
Que nada sou

Eu grito pra ti oh Deus
Vem me socorrer
Olhando pra mim posso saber
Que nada posso fazer

domingo, 11 de julho de 2010

Meu oceano e eu

Era setembro e eu lembro do calor das noites. Novembro logo chegou, um doce novembro de dias frios e neblina. Chegou e se foi. Seu rosto sorrindo em minha direção foi logo desaparecendo entre o ar condensado. Agora as horas correm lá fora e tanto tempo se passou... Ainda lembro do doce novembro e da doce paixão, das risadas e do suor das mãos, das roupas de inverno que nos deixavam mais bonitos, das aulas de física que deixávamos de assistir e corríamos para a literatura! Dos brigadeiros, de correr na grama molhada, de cair em seus braços... Então aqui, meu querido, é que nos livraremos do pesadelo. Eu sonho em te envolver em meu braços, sonho bem acordada, em te envolver meus braços. Nós não somos só um, estamos desenhados aqui juntos. Meu oceano e eu...

sábado, 10 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

Sobre o namoro e a metodologia científica

No Aurélio diz assim: namoro 1 ato de namorar 2 relação de interesse amoroso recíproco.
Será mesmo? A cada dia eu observo a falta de interesse das pessoas com relação às pessoas, nos tornamos tão frios e... metodológicos! As pessoas têm uma hipótese visual sobre as outras, fazem seus testes, analisam resultados e vieses pra só a partir daí namorar. Metodologia científica pura! Experimentação pura! Então, quando você se torna namorado(a) de alguém, já testou tudo e não tem mais dúvidas de que ama a pessoa em questão.
Talvez esse seja meu lado cristã ainda bem aflorado, mas, por quê é assim? Consigo lembrar de alguns bons (nem tão bons assim) garotos que namorei, que, sem nunca terem testado nada, não queriam testar, porque a hipótese (mesmo que platônica) já estava bem fundamentada.
Então, as pessoas decidiram colocar uma etapa antes do namoro. Elas trocam saliva indiscriminadamente por alguns meses (não existe um prazo certo), às vezes até se relacionam sexualmente com o outro antes. Depois de todos os testes pra ver se tudo encaixa, é bom, é feliz, começa o namoro. E algumas pessoas PRECISAM disso pra começar a amar, de tão frias que são. Por isso hoje não existem mais poemas bonitos como antes, músicas bonitas como antes, pessoas bonitas como antes... Hoje, afeto e relacionamento não andam mais juntos. Hoje, libido e amor não andam mais juntos. Hoje, se você quiser espantar uma pessoa, diga a ela na segunda semana de rolo/namorico/troca de saliva que está apaixonado. Funciona!
E não, esse texto não fala de pudor nem de dor de cotovelo. Fala do reducionismo humano, da objetificação que a gente faz de tudo, da falta de compromisso conosco e com as pessoas ao redor. São todas relações forjadas, frustradas e vazias.
Quando começo a pensar que ficar sozinha não é legal, lembro disso e percebo o quão feliz eu sou sozinha! As pessoas costumam me perguntar porque não namoro há tanto tempo. É que eu não gosto de metodologia científica.