domingo, 28 de junho de 2009

The cure for the Pain.

Meu corpo sempre me mostra que sou mais frágil do que penso. Que minhas emoções acabam por dominar todo ele e fazê-lo refém. A cabeça, o rim, as pernas, a coluna. Tudo reclama. Reclama pra mim! Exclama pra mim! Na cabeça o analgésico faz efeito, o rim sempre foi ruim mesmo, as pernas ficam pra cima uns minutos, a coluna melhora depois de dormir. E as emoções? São apenas emoções tomando conta de mim. Levando meu corpo. Desaguando gotas no oceano. Nem lembro mais de mim. E quase sempre esqueço de me esquecer.

E aqui, esta noite, enquanto as estrelas estão se apagando
Com toda esperança e os sonhos de que sempre duvidei
[...]Mas a água continuou caindo dos meus olhos
E os céus sabem, os céus sabem
Eu tentei encontrar a cura para a dor

Jon Foreman - The Cure for the Pain

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Só quero que o dia termine bem.

Poetisa de pijama, aqui. Pensando sobre mil coisas que estão por vir. Sobre como o vento frio me dói, sobre a simplicidade de certas coisas que se foram. Sobre a beleza de palavras que nunca saem de mim. Assim, esses lábios pequenos, essa fala tímida, esse sorriso contido que por vezes só exprime tristeza. As mãos inquietas. Os olhos abertos vagarosamente, com um piscar compassado, pseudoverdes e sempre baixos. Repetindo o mesmo quase sempre, pintando esquadros do que parece ser meu coração. Do outro lado só saudade. Silenciada, sufocante. Esperança, talvez. Mas só quero abrir a porta, ver o sol, sorrir. Hoje eu só quero que o dia termine bem.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Deixe a Rafaela ir...

Raramente escrevo textos de cunho teológico, são um pouco "perigosos" e complexos.
Para quem não sabe, não estou mais na igreja. Nada de carteirinha de membro, grupo de jovens, equipe de louvor, secretaria, recepção ou afins. Nada de rituais cristãos nem conceitos doutrinários fundamentalistas.
E... Sobre fé? Individual e firmada em Jesus Cristo.
Estou frequentando o Caminho da Graça, e lá tenho a sensação de estar onde realmente pertenço. Antes que eu comece a discorrer muito sobre isso, falarei das palavras que escutei no último domingo, dia 21 de junho, proferidas não pelo Pr. Caio Fábio como de costume, mas pelo Pr. (?) Fonseca, que eu mal conhecia.
Leu Êxodo 3, quando Deus falou com Moisés através da sarça ardente. Comparou aquele lugar com o "terreno" do nosso coração, que deve ser igualmente "santo". Por vezes pensamos que estar no Caminho da Graça é muito fácil... Onde TUDO é permitido e quase ninguém sabe quem você é, as reuniões são informais e ir uma vez na semana basta pra que esqueçamos tudo e depois voltemos e esqueçamos e voltemos nesse ciclo vicioso de "fé". Não, não é! Ser cristão é mais que frequentar, dizimar ou ter algum ministério. Ser cristão é ser revolucionário. Revolução feita através do amor. Cheguemo-nos com verdadeiro coração, com inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu. E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Hebreus 10:22-24

Então, como disse o Fonseca... Espero que o Faraó dentro de mim me deixe ir para a terra que mana leite e mel.

Vai Moisés... diga a Faraó que Deus quer que eu vá...
Deixe a Rafaela ir.
Your Love is Strong - Jon Foreman
Leva-me longe da tentação,
Salva-me do mal
Eu olho para a janela
As aves estão compondo
Não há uma nota fora da de sintonia
Ou fora do lugar
Eu olho para o prado e fito as flores
Melhor vestidas do que qualquer garota
Em seu dia de casamento
Então por que me preocupar?
Por que me irritar?
Deus sabe o que eu preciso,
Você sabe o que eu preciso
Seu amor é...
Seu amor é...
Seu amor é forte
O reino dos céus esta avançando agora
Invadindo o meu coração
Invadindo essa cidade quebrada
O reino dos céus é um tesouro enterrado
Você vai vender-se pra comprar algo que você encontrou?
Duas coisas você me disse: Que você é forte e você me ama, sim, você me ama...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sobre o que estou lendo. (parte 2)

Camila Oliveira. E todo mundo acreditava MESMO que éramos irmãs.
Quando a gente lê, entende. Mas quando lê e gosta, sente. Eu sinto muito do que ela escreve, e esse é o texto de autoria dela que mais me faz sentir. É quase como se escrevêssemos juntas.
PS.: Eu sei que você odeia essas fotos do século passado. Eu também as odeio, mas amo você. Então tudo fica bem.

Seios Jovens

Escrever, ler, viajar, fotografar e amar: Viver! Já disse para o mundo que eu quero é viver. Vem uma resposta, muda, mas feroz, na primeira. Depois, ele pergunta: Viver o quê? Do quê? Livros, romances, estradas. Ele devolve asperamente: depois da graduação poderá viver.
A história da minha vida não tem um centro, mas tem um caminho. Já contei alguma coisa sobre ela. Eu queria mesmo era parar de falar somente dos momentos esclarecidos, partir para os momentos secretos, das coisas que ocultei sobre certos fatos, certos sentimentos. Começamos sempre a escrever num ambiente que nos obriga ao pudor: escola. Escrever, pra eles, é ainda moral. Pra mim, às vezes, pode não significar nada. Por vezes sei disto: A partir do momento em que não for, confundida todas as coisas, ir ao sabor da vaidade e do vento, escrever é nada. Quando não for, sempre, a confusão de todas as coisas numa única por essência tosca, escrever é publicidade. Mas na maioria das vezes não tenho opinião sobre isso, vejo que tudo é aberto. Só quero não ter muros. Que a palavra escrita não se esconda. E sua inconveniência seja respeitada.Ah! Sei não. Foi. São. Dezessete anos e três quartos. Corpo assim. Seios jovens. Pintada de rosa-pálido, vida Negra. Nessas roupas minhas que podem provocar riso, mas das quais ninguém ri. Me encontro num dilema de 4. 4 escolhas. Todas ao resto da vida refletirão.Observo as mulheres do ônibus e do metrô. São belíssimas, cuidadosas consigo. Meu Deus do céu!! Belo não é isso. Não tem que fazer nada, apenas preservar-se (conversa de vó sabida). Sei que o problema não está aí, não sei onde está. Sei apenas que não é onde pensam. Não é preciso estimular o desejo. Já está presente desde o primeiro olhar ou não será nunca. É a percepção imediata de um relacionamento de sexualidade ou não é nada. E sei disso há tempos. Antes de tudo.






segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sobre o que estou lendo.

Ando lendo muitas coisas. Blogs, livros, bulas... Esse texto é de autoria de Arnaldo Jabor, e, baseado em mim e em milhões de pessoas quase como eu, que pensam quase como eu e vivem quase como eu.

Ser adulto

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:- ‘Ah, terminei o namoro… ‘
- ‘Nossa, quanto tempo?’
- ‘Cinco anos… Mas não deu certo… Acabou’
- É, não deu…?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona… Acho que o beijo é importante…e se o beijo bate… se joga… se não bate… mais um Martini, por favor…e vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice versa. Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer… A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar. Enfim… Quem disse que ser adulto é fácil?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Frida Kahlo.

Há meses sentia vontade de escrever sobre ela, mas outras coisas foram aparecendo... Decidi dar uma folguinha a meus queridos leitores e postar de dois em dois ou três em três dias.

Sempre quando penso em filmes, músicas e pessoas; procuro lembrar-me de como foi o primeiro contato. Com Frida foi pelo filme. Era aula de arte em 2007 e não assisti ao filme até o final. Mas foi o suficiente para me apaixonar. Nas primeiras semanas, deixei passar essa sensação e acabei por esquecer Frida, que logo depois se fez lembrar quando a professora perguntou o que havíamos achado do filme. Ninguém gostava muito da professora, ela era excêntrica e não muito carismática, cabelos crespos e sotaque gaúcho. Valéria era seu nome. Ninguém respondeu à sua pergunta, então ela apontou para mim: "Rafaela, guria, me diga o que achaste do filme." Todos me olharam como quem tem uma plaquinha de neon na testa "Se ferrou! Ninguém prestou atenção no filme!". Eu disse: "Gostei da sensibilidade dela". Na hora, até mesmo a professora ficou espantada! Seria possível que alguém naquela sala houvesse realmente prestado atenção e gostado do filme? Sim, era possível. Eu.
Pesquisei um pouco mais sobre Frida Kahlo e suas obras, e sobre Trotsky, com quem teve um caso... Frida acabou no meu esquecimento novamente, pois Trotsky me parecia mais importante no momento.
Neste ano, lembrei de Frida. Senti uma imensa vontade de assistir àquele filme novamente. Procurei na internet, mas não consegui baixar. Numa dessas pesquisas, achei o DVD à venda por um preço inacreditável. Corri e comprei. Agora teria Frida para apreciar em casa, não mais numa aula de 75 minutos.
Assisti pela 5º vez um dia antes de uma prova cujo tema da redação era como os filmes influenciavam nossas vidas. Pronto! Frida era perfeito.
Quando tive tempo de apreciar Frida, descobri vários porquês e várias coincidências.
Caso queiram a biografia dela http://pt.wikipedia.org/wiki/Frida_Kahlo
Em resumo, sua vida e sua obra foram profundamente marcadas pelo acidente que ela sofreu aos dezoito anos e também por seu relacionamento amoroso com o pintor Diego Rivera, com quem se casou em 21 de agosto de 1929 - dia do meu aniversário. Grande parte da obra de Frida é composta por auto-retratos em que ela reelabora expressivamente seu sofrimento e sua paixão. Como se sabe, em 1925, no choque entre o ônibus em que viajava e um bonde, Frida Kahlo teve a região da pélvis trespassada por uma barra de ferro que rompeu-lhe a coluna vertebral em três lugares na região lombar, além de fraturar-lhe vários outros ossos. Essa fatalidade mudou completamente o curso de sua existência, fazendo com que fosse abandonado seu projeto de tornar-se médica. Como agravante, ela foi informada de que jamais poderia ter filhos através de parto normal, recebendo a recomendação de não engravidar.
Frida me ensinou muitas lições. Ensinou que a vida, mesmo sofrida, merece ser vivida. Ela eternizou e externizou suas dores e conflitos, e foi isso que fez dela quem é. Ela cria trazer todas as chagas do mundo dentro de si, e acredito que era mesmo assim. As pessoas se indentificam com Frida por seu sofrimento. A arte é isso. Tudo que todos os seres humanos vivem traduzidos da mais bela maneira possível, por isso acabam se identificando com ela, sua vida, seus quadros e frases. Porque é tudo muito humano. É amargo e ao mesmo tempo cheio de ternura.
Mas o que creio ser a lição principal, eu ainda não a aprendi em sua plenitude. Mais do que mostrar a vida de Frida Kahlo, o filme mostra o amor incondicional que ela nutria por Diego, que, de alguma maneira, também o sentia por ela, mas de um modo diferente. Diego viajou, festejou, teve muitas mulheres, teve grande prestígio e reconhecimento. Depois disso, percebeu o quanto sua vida era vazia sem Frida, que, compassiva, o aceitou de volta.



Eu não seria justa ao escrever sobre ela. Nunca seria justa. Nunca conseguiria. Não sou digna disso. Mas um belo dia escreverei uma coisa mais decente e bem maior.

''Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.''
''Não estou doente. Estou partida. Mas me sinto feliz por continuar viva enquanto puder pintar.''
''E a sensação nunca mais me deixou, de que meu corpo carrega em si todas as chagas do mundo.''

''Toda esta raiva simplesmente me fez compreender melhor que eu o amo mais do que a minha própria pele, e que, embora você não me ame tanto assim, pelo menos me ama um pouquinho - não é? Se isto não for verdade, sempre terei a esperança de que possa ser, e isso me basta...''
Em referência à Diego
''Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?''
''Eu vou mal e irei pior ainda mas aprendo pouco a pouco a ser só, e isso já é alguma coisa, uma vantagem, um pequeno triunfo.''

E a última frase de seu diário: "Espero que a partida seja festiva. E espero nunca mais retornar"

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sobre a vida e a morte.

Quando vivemos, assim, meio que no automático, acabamos não pensando em morrer. Porque é confortável vivermos com a ilusão de que não pudéssemos morrer.
Hoje pensei em morrer como nunca em minha vida. Não em morrer porque quis me matar - porque o que eu quero é viver - mas pensei nisso porque não posso excluir essa possibilidade da minha tão curta e vivida vida de dezessete anos. Não me importo com as coisas materiais que provavelmente deixarei, nem com as pessoas que provavelmente sofrerão com isso. Penso nas coisas boas que deixarei nessa minha tentativa de ser sempre uma pessoa melhor. Penso em como as pessoas lembrarão de mim.
Calafrios tomavam meu corpo hoje de madrugada, dores, suor e sonhos. Sonhei que morria. Morria queimada junto com meus rascunhos de textos. Então, hoje, tudo parecia tão estranho... Vivi as poucas coisas que me aconteceram nesse dia como se fossem as últimas. Vi o Renato (amigo que está na Áustria) pela webcam, eu estava usando a pulseira que ele me deu na sua festa de despedida, não pude deixar de dizer que o amava, nem as lágrimas deixaram meus olhos em paz enquanto olhavam para ele. Hoje também fiz a matrícula pro meu curso de Letras e já amei o nome das disciplinas: Estudos Crítico-Teóricos da Literatura; Literatura, Leitura e Interpretação; Introdução aos estudos da Linguagem I; Leitura e Produção de Textos e Metodologia Científica. Chamam isso de estudar? Eu chamo de "me apaixonar".
Limpei meu quarto e organizei meus CDs por ordem alfabética e ano de lançamento, reli e-mails antigos e cartas, abri a janela e deixei entrar luz e sol para minhas flores.
Ajudei meu pai a lavar o carro e fiquei reparando o quanto ele é bonito e jovem, mesmo com a barba ficando grisalha; minha irmã pediu que eu a ajudasse em português e história, e, pela primeira vez achei isso bonito e me senti importante para ela.
Dei banho na Pandora, e fiquei observando o quanto ela fica agoniada com a água fria, e o quanto ela fica bonita toda molhada, o quanto ela precisa de mim e o quanto demonstra seu amor quando deita em meus pés.
Assisti ao filme Sete Vidas. Desabei.
Uma amiga de infância me ligou... Só pra ouvir minha voz e conversar besteira. Eu não sei há quanto tempo meu celular não tocava e nem há quanto tempo não ria da ironia de nossas vidas.
Minha mãe conversava comigo sobre algo que não me lembro, só lembro da expressão que ela fazia... Mexia muito as mãos e sorria, provavelmente comentando sobre a faculdade; mas eu só conseguia ver naquele rosto uma adolescente quase como eu, cheia de vida, expectativa e de alegria, não por ela, mas por mim. Eu queria dizer, bem ali, na mesa da cozinha, que eu a amava muito, mas seria estúpido dizer isso assim...
Senti muita vontade de ligar para uma pessoa e conversar como conversávamos há meses atrás. Mas não o fiz. Essa pessoa provavelmente não estaria em casa na hora em que eu gostaria de conversar, e, provavelmente eu não teria coragem de ligar.
Por fim escutei lindos versos de um amigo artista e expert na voz, composição e no violão; Paulo Braz:


" Um vento leve entra pela janela
Espalha pela casa o cheiro dela
É fim de tarde lá no quintal
Coral de pássaros... Sobrenatural
A cadeira na varanda
O rádio toca uma valsa
Lembrança de tempos bons
Um livro, uma lareira
Sua trança, seu sorriso
Tudo à sua maneira
A sua falta é uma dor congelada no peito
O quadro perde a cor
O piano, o seu jeito
O girassol não segue o sol
Não segue a valsa
A pressa virou pausa
E o luto virou cor
O luto virou cor
Se o amor é dor que desatina sem doer
Preciso dessa dor pra poder viver
Coração feito pra viver a dois
Não suportará a dor de estar pela metade
Pulsará lento
Pulsará lento
Pulsará
Lento... "

Eu senti vontade de chorar, e chorei. Não por tristeza, mas por ter vivido o dia de hoje como se eu não fosse acordar amanhã. Agora mesmo, enquanto escrevo, meus olhos ficam marejados. É excesso de vida em mim, excesso de pensamentos... Excesso de filmes e literaturas. Excesso de vida. Vida sofrida sempre bonita. Vida vida vida.
Gostaria de dizer que me importo, gostaria de dizer "Oi", gostaria de dizer o que sinto. Parei para pensar. Já disse isso pra quem merecia escutar. Repetir não é necessário.


Então... Quando eu partir não chorem por mim. Começarei a pensar na eternidade como uma realidade. Começarei a pensar no céu como meu limite.

Para finalizar, Jon Foreman e uma linda performance de Learning How to Die: http://www.youtube.com/watch?v=h70CCpk8nrQ&feature=related

sábado, 13 de junho de 2009

São duas da manhã.

São duas da manhã do dia 13 de Junho
Começou assim
Ela debruçada sobre a cama
Rosas vermelhas no chão
Novo começo ou novo final?
Nova confusão
Ela nunca sabe
Choviscos caem lá fora
O sono não vem
Não vem a euforia
Ela sonhava
Mas não dormia
Sofria
Bem, isso é passado
E hoje é sábado
Há tempo de provar do mar
Provar as estrelas
Correr na rua fria
Pensar em sua vida
E comparar minuciosamente
Todos que encontrar
Com aquele que
Simplesmente se foi...
Num belo dia.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Então... Fique.

Fique com seus livros
Seus conceitos, seus blefes
Fique com seu ego ferido
Sua tese, seu castigo
Fique com sua certeza estúpida
E suas fantasias sobre a vida
Fique com seu bem-estar
E sua camuflagem
Fique com tudo, covarde!
Fique confortável
Fique inconsolável
Fique só.

domingo, 7 de junho de 2009

Inspiração Noturna.

Não, eu não vou usar frases feitas
Não sou assim, nunca fui
Carrego dentro de mim a minha mais pura verdade
Meu mais tímido poema de rimas infantis
Talvez amor, ou um sentimento estranho
Que entra pela minha porta, sempre entreaberta
Flores que em minha janela murcham e florescem mais lindas a cada dia
Que tudo fique bem, que tudo esteja bem
Mesmo quando eu enlouquecer
Com ou sem você
Mas sempre comigo
Que minha gaita toque um blues de esperança, mesmo melancólico
Espero me perder de mim mesma, para meu bem
Espero, no final, me encontrar

" Espero que a partida seja festiva
E espero nunca mais retornar " Frida Khalo

sexta-feira, 5 de junho de 2009

MTV Movie Awards e o senso comum.

MTV Movie Awards é uma premiação realizada pela MTV americana que escolhe os melhores do cinema por votação popular. Até então pensei ser o máximo! Afinal, não haveria "panelinha cult" nem marmelada, mas o que aconteceu foi o oposto: Senso comum nada sensato!
Sempre odiei senso comum, odiei não ter o direito de dizer "Ou não", e sou sempre criticada por isso. Acho que nada é estável demais para não ser questionado. Acho também; que por isso nunca consegui gabaritar uma prova de literatura, porque ela instiga demais o pensamento em muitas áreas, e eu não sei pensar só com meu "senso comum interno", se é que isso existe.
Voltando ao assunto. A transmissão do MTV Movie Awards foi veiculada dia 31 de maio pela MTV brasileira e eu não assisti. Hoje passou a reprise, e eu, passeando pelos canais consegui acompanhar desde o começo! Que eu adoro a MTV não é novidade; é uma TV jovem, inovadora, crítica e que apoia o ativismo ambiental *_* O Movie Awards desse ano foi recheado de palavrões e piadinhas sórdidas (o que é bem normal e eu adoro), teve show com Kings of Leon e Eminem com Dr. Dree. E, falando do Eminem, um homem com roupa de anjo voava pela platéia quando caiu com o "popô" desnudo virado para o rosto do rapper. Ele, que não achou muita graça, retirou-se imediatamente. (Apelou, perdeu! Não sabe brincar, não brinca Eminem! Cadê o seu bom humor como no clipe We Made you? Aaaah, não gostou? Conta pra mamãe, vai! - sim, estou sendo irônica)
Mas eu fiquei MUITO, e repito: MUITO, mas muito mesmo desapontada!
Eu realmente não sei se nesse caso preferiria uma panelinha cult, baseada na real qualidade dos indicados e que julgasse os concorrentes ponderadamente.
Concordei apenas com algumas (uma) categorias (categoria), e discorrerei um pouco sobre cada uma delas. (PS.: Eu não sou crítica de cinema, as opiniões aqui veiculadas são MINHAS e baseadas em MINHAS visões sobre os filmes aos quais assisti. E se você é fã de Crepúsculo, vou dizer uma coisa: Não me importo.)

MELHOR FILME
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Homem de Ferro
High School Musical 3: Ano da Formatura
Quem Quer Ser Um Milionário?
Crepúsculo

Adivinhem? Crepúsculo venceu! Eu quis morrer! Será que só menininhas da idade da minha irmã votaram nesse MTV Movie Awards? Não que esse filme não seja bom, mas, meu DEUS, por favor, não tem como compará-lo aos outros concorrentes! Eu só ficaria mais passada se o High School Music 3 vencesse. Enfim, sobrevivi!

MELHOR ATRIZ
Angelina Jolie - "O Procurado"
Anne Hathaway - "Noivas em Guerra"
Kate Winslet - "O Leitor"
Kristen Stewart - "Crepúsculo"
Taraji P. Henson - "O Curioso Caso de Benjamin Button"

Adivinhem de novo? Kristen Stewart levou! Por favor, MTV! Não creio que ela seja melhor que a Angelina Jolie em "O Procurado", que é um filme magnífico! E são atrizes de "calibres" totalmente diferentes! Angelina Jolie merecia uma retratação, além do mais, Kristen deixou seu prêmio cair no chão!

MELHOR ATOR
Christian Bale - "Batman - O Cavaleiro das Trevas"
Robert Downey Jr. - "Homem de Ferro"
Shia LaBeouf - "Controle Absoluto"
Vin Diesel - "Velozes e Furiosos 4"
Zac Efron - "High School Musical 3: Ano da Formatura"

Zac Efrom levou. É, comprovei que só votaram nesse prêmio as menininhas.

REVELAÇÃO FEMININA
Amanda Seyfried - "Mamma Mia!"
Ashley Tisdale - "High School Musical 3: Ano da Formatura"
Freida Pinto - "Quem Quer Ser Um Milionário?"
Kat Dennings - "Nick & Norah: Uma Noite de Amor e Música"
Miley Cirus - "Hannah Montana: O Filme
Vanessa Hudgens - "High School Musical 3: Ano da Formatura"

Ashley Tisdale levou. Comprovei mais ainda que só foram menininhas que votaram.

REVELAÇÃO MASCULINA
Ben Barnes - "As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian"
Bobb'e J. Thompson - "Modelos Nada Corretos"
Dev Patel - "Quem Quer Ser Um Milionário?"
Robert Pattinson - "Crepúsculo"
Taylor Lautner - "Crepúsculo"

Robert Pattinson levou. [ironic]Viva a hegemonia de fãs do "Crepúsculo"![/ironic]

MELHOR ATUAÇÃO CÔMICA
Amy Poehler - "Uma Mãe Para o Meu Bebê"
Anna Faris - "A Casa das Coelhinhas"
James Franco - "Segurando as Pontas"
Jim Carrey - "Sim, Senhor"
Steve Carrell - "Agente 86"

Vivaaaaaaa! Jim Carrey levou! Muito merecido! O cara é um gênio e esse filme é muito bom! Ele soube agradecer pelo prêmio sendo menos piegas que os outros. Porque Jim Carrey é Jim Carrey afinal!

MELHOR VILÃO
Derek Mears - "Sexta-Feira 13"
Dwayne Johnson - "Agente 86"
Heath Ledger - "Batman - O Cavaleiro das Trevas"
Johnathon Schaech - "A Morte Convida Para Dançar"
Luke Goss - "Hellboy II: O Exército Dourado"

A MTV não exibiu essa categoria, mas aposto no Luke Goss.

MELHOR BEIJO
Angelina Jolie e James McAvoy - "O Procurado"
Freida Pinto e Dev Patel - "Quem Quer Ser Um Milionário?"
James Franco e Sean Penn - "Milk - A Voz da Igualdade"
Kristen Stewart e Robert Pattinson - "Crepúsculo"
Paul Rudd e Thomas Lennon - "Eu Te Amo, Cara"
Vanessa Hudgens e Zac Efron - "High School Musical 3: Ano da Formatura"

Competindo com dois beijos homossexuais, um beijo de formatura e outro fantástico ente Angelina Jolie e James McAvoy, viva a hegemonia do "Crepúsculo" mais uma vez!

MELHOR LUTA
Anne Hathaway vs. Kate Hudson - "Noivas em Guerra"
Christian Bale vs. Heath Ledger - "Batman - O Cavaleiro das Trevas"
Robert Pattinson vs. Cam Gigandet - "Crepúsculo"
Ron Perlman vs. Luke Goss - "Hellboy II: O Exército Dourado"
Seth Rogen e James Franco vs. Danny McBride - "Segurando as Pontas"

Nem preciso dizer. "Crepúsculo" mais uma vez. Dessa vez não fiquei tão desapontada, apesar da luta do Hellboy ter sido muito mais emocionante.

MELHOR MOMENTO WTF (What The F***!)
Amy Poehler fazendo xixi na pia - "Uma Mãe Para o Meu Bebê"
Angelina Jolie e a bala circular - "O Procurado"
Ayush Mahesh Khedekar pulando na poça de cocô - "Quem Quer Ser Um Milionário?"
Ben Stiller provando a cabeça decapitada - "Trovão Tropical"
Kristen Bell rompendo com Jason Segel nu - "Ressaca de Amor"

A MTV não exibiu essa categoria também. Desses acima eu só assisti ao "Procurado", e posso afirmar que o momento da bala circular foi muito WTF, muito, muito mesmo!

MELHOR CANÇÃO

"Jai Ho" de A.R. Raham ("Quem Quer Ser Um Milionário?")
"The Wrestler" de Bruce Springsteen ("O Lutador")
"The Climb" de Miley Cirus ("Hannah Montana: O Filme")
"Decode" de Paramore ("Crepúsculo")

Não, não foi a "Decode" que ganhou. A única categoria em que eu achei que "Crepúsculo" merecia ganhar. Também não foi o Bruce Springsteen, que tem uma belíssima voz e é um grande ícone do rock britânico. Foi "The Climb" da Miley Cirus. Menininhas votando!

MTV, façam votação popular só para maiores de 18 anos, por favor! Ou então deixem a panelinha cult decidir. Que fiasco!
Tenho certeza que esse eleitorado do Movie Awards não assistiu a nada além de "Crepúsculo", "High School Musical 3" e "Hannah Montana"!

PS.: Teve show do Kings of Leon, e, isso sim salvou o MTV Movie Awards.
Acima, o clipe oficial da música "Use Somebody" dos caras. Vale a pena conferir!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A internacionalização do mundo.

Passada a pira de ontem, volto aqui.
Em minhas madrugadas de estudo, quando cansei-me de resolver exercícios de análise combinatória fui ler um pouco da minha apostila de geografia e encontrei um texto FANTÁSTICO do meu querido Cristovam Buarque que foi publicado em 10 de Outubro de 2000 na jornal "O Globo" - mesmo sendo velho, é muito atual.
E toda e qualquer pessoa que acredita na educação como meio de mudança, dignidade e transformação, admira esse homem; entre outros aspectos. Incluo-me nessa categoria. Irei transcrever o texto aqui, não reparem possíveis erros.

"Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, durante um debate, nos Estados Unidos. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como ponto de partida para uma resposta minha. De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humaista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizaremos tambéms as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da humanidade.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido intenacionalizado.
Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniram o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada.
Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizaremos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola.
Internacionalizaremos as crianças, tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Everything is shit.

Eu não prentendia escrever nada hoje, - até porque preciso estudar - mas estou impelida por um misto de sentimentos.


Eu passei no vestibular da Universidade Católica de Brasília. No instante em que vi a lista de aprovados fiquei feliz. Passei em primeira chamada e pro curso que eu queria e marquei como primeira opção. Legal. A UCB é uma boa faculdade, e, não tão cara pro curso de Letras, além de ser mais específico para estudos literários, que são minha REAL paixão.
Nesse mês, farei mais três vestibulares. Sendo um deles para UnB. O único em que não tentarei para o curso de Letras.
Comecei a pensar sobre tudo o que tenho vivido e vivi. Eu perdi parte significativa dos meus dias afogada em depressão no ano passado e agora eu "ressurgi", mas retomar de onde eu parei está sendo mais difícil do que eu imaginava.

Estudar tem sido penoso. Estudar sozinha tem sido penoso. Aprender as exatas via internet e livros não é tão difícil, mas não tem tanta graça quando não se tem ninguém para comentar sobre as resoluções das questões. Enfim, a solidão não me incomoda mais. Não sou sozinha porque gosto, sou porque aprendi a ser assim.
Agora, todas as questões que carreguei a minha vida inteira vem me atormentar. E seu eu passar na UnB? Para um curso que eu nem tenho tanto interesse, por comodidade, por facilidade. Estou sendo o que abominava há algum tempo. O que uma graduação significa? Anular minhas vontades e meus ideais, mesmo que pareçam tão altruístas e sonhadores?
Qual é meu sonho? Pelo quê eu tenho corrido atrás?
Acho que encontrei a resposta.
Meu sonho? Aaah, eu quero ser feliz! Quero poder estar feliz! Quero que meus futuros alunos tenham as sensações que eu tinha quando estava sentada na carteira do JK. E só isso.
Estou tentando descansar, relaxar. Mas eu mal durmo. Meus dias se resumem a muitos números. Números de questões de estatística e números de dias que faltam para minha vida tomar (algum) rumo.

Enfim, os últimos dias tem passado por mim sem marcar muito. Continuo levantando às 6:00, tomando meu cappuccino e caminhando pela rua. Pausei a leitura do "Sonho de Cipião" pela segunda vez, e não consigo escutar muitas músicas que não me deem sofreguidão. O vento é frio e a pressa virou pausa. A pipoca virou borracha enquanto eu esperava companhia para assistir a um filme. Muitos papéis me rodeiam. Lembranças me machucam. Meu coração dói. A ficha caiu e nada faz tanto sentido agora.

Mas eu tenho que levantar minha cabeça e seguir em frente. Pra onde eu não sei ainda. E tenho medo. Preciso ser compassiva comigo, e estou realmente tentando.



Não comentem.
Ou comentem.
Quando eu retomar minha consciência, vou me ridicularizar por isso.