sábado, 20 de dezembro de 2008

Rise Against.

Compositor: Sonny Sandoval
Música de P.O.D.

De que adianta ter conhecimento
Qual é o sentido da vida?
Se tudo o que você faz é nada
O que você mostra
Para todas as pessoas a olhar?
Nos deixando sem nada
Além de uma voz muda
O que está te prendendo?

Levante-se!
Levante-se pelo que é certo
Resista sozinho, resista
Está disposto a tentar?
Levante-se!
Defenda o que é certo
Quando um homem sozinho...
Está disposto a morrer?



Qual é o sentido da vida?
De que adianta mudar
Se você continua fingindo
Que não há nada errado?
O que você dá
Para todos nós que esperamos
Por alguém que possamos seguir?
Se você me guiar eu te sigo
Mas só você sabe...



A tradução não está muito boa, mas esses são meus versos cotidianos nos últimos dias.
Ontem fiz uma visita à Dr. Tatiana, dona de olhos marcantes e divertidíssima! Estaremos juntas agora em sessões semanais durante alguns meses. Essa Dr. terá a grande missão de extrair o melhor de mim... E finalmente, tomei coragem! Tomei coragem pra enfrentar isso tudo, e saber que decepções fazem parte da vida, e não há frase mais sábia que "Dê tempo ao tempo".
Estou me permitindo, estou vivendo.
Agora, de verdade.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Aquele sentimento particular...

Queria ter algo interessante para publicar. Me falta tempo até para pensar sobre algumas coisas. Minha mãe está trabalhando em dois empregos e agora tenho passado manhãs e tardes com minha irmã em casa. Tenho sido a mãe dela, embora ela não precise tanto assim.
Já fiz tudo que poderia fazer. Separei o que vou usar e o que não vou, coloquei livros na prateleira divididos por gênero e em ordem alfabética, fiz faxina no quarto, na sala e em tudo quanto pude ver bagunça. Escutei Cd's antigos dos quais nem me lembrava mais, como Elvis Presley, a coleção Platinum e U2 Pop. Fiz algumas receitas vegetarianas que aprendi na internet, limpei cada canto da casa e assisti mais de 10 filmes em uma só semana. Comecei a ler um livro de um escritor britânico, Iain Pears, O Sonho de Cipião, é um livro muito grande, mas espero terminá-lo. É uma boa leitura.
É triste olhar pra mim e ver como estou. Não há vontade de realizar coisas novas nem saudade do que se passou. Meus dias tem se passado de forma lenta e medíocre.
Chega, não é mesmo?
Asneiras demais pra um post só.



Ando sentindo-me sozinha ultimamente
Não é solidão de alma, é solidão de gente.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

P.O.D. em Brasília.

Meu Deus... que loucura! P.O.D. em Brasília.
Jamais imaginei isso, nem nas minhas mais loucas piras!
A previsão da entrada deles no palco era de 22:00 e eu estava lá desde 12:00.
Às 15:00 eles chegaram pra checar o som, deram uma palinha de Boom e Set It Off :D
Meus Deus! Era real! E eu estava ali! Eles estavam também!


23:40 - Entraram no palco.

Set list: Intro / Boom / Set it off / Addicted/ Kaliforn-i-a / Whitout Jah nothing / Youth of the nation / Lights out / Shine with me / Condesending / Southtown / Celestial - Satelite / I'll be ready / Alive / God Forbid/ (bis) Bulett the blue sky / Rock the party.


O Sonny disse pequenas frases em português: "Vamo lá família", "Desculpe pelo meu português"...
Por muitas vezes durante o show ele se emocionou e ganhou muitos presentes da platéia. Boné, cinto, pulseira, blusa, bandeira do Brasil... Até chamou um fã pra cantar com ele no palco.
Lá estava eu, extasiada... Mal conseguia gritar porque estava com um nó na garganta! Era muita emoção!
Até hoje essa emoção não me esqueceu, nem nada parecido jamais senti, e poderei dizer que será INESQUECÍVEL para mim!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Resenha?

Nos últimos dias tenho percebido certas coisas... Depois que entrei no projeto do dia da Consciência Negra fui ferozmente criticada por ambos lados. Uns diziam que eu não era "negra o suficiente" para entender o que é ser negro, ou o que o negro é, ou seja, será que eu não conseguiria nem entender o que é ser negro mesmo não sendo? Outros diziam que eu não deveria me meter num evento desses, afinal não sou negra.
Essa pode ser a coisa mais estranha, mas eu sofri preconceito racial durante as últimas semanas. Essa é a face do racismo no Brasil. Um racismo escondido, que vem na surdina... E bem sei que não sei de quase nada para dizer o que realmente isso é, mas faço idéia.
Nós estamos aqui hoje porque é um dia muitíssimo importante voltado para a valorização da cultura negra de uma forma geral, é um dia voltado para que o negro tenha a real consciência de que não é inferior. Como foi dito por um amigo meu, esse deveria ser o dia da Conscicência Branca, afinal, os negros estão mais do que conscientizados, quem precisa de consciência são os brancos.
Viver numa sociedade em que 86% da população considerada rica é constituída por brancos não é normal. Aí entra a política de cotas nas Universidades. No início eu era contra, achava injusto. Mas injusto é nunca equilibrar o número de universitários de diferentes origens étnicas dentro das Universidades do Brasil. Por que a nota do sistema de cotas é menor? Simples. A cor da pele não determina sua inteligência, mas muitas vezes pode determinar sua condição financeira e acesso a estudo de qualidade. Quem vai passar no vestibular? O filhinho de papai que fez cursinho do Galois ou o cara que estudou a vida inteira na precária rede pública brasileira?
É esse o nexo. É essa a solução, pelo menos temporariamente. O sistema de cotas tem data para terminar. Quando esse número for equilibrado, não iremos mais precisar disso, pois os filhos daqueles beneficiados pelo sistema de cotas vão ter as mesmas oportunidades que os outros "abençoados" ao nascer em berços de ouro, ou mesmo aqueles que não tiveram seus ancestrais tratados como animais e depois jogados a esse capitalismo desumano.
Nosso dever é esse. É ainda chocar-se com essa sociedade medíocre, esse capitalismo selvagem; que exclui e não integra os indivíduos.
Conscientize-se!


Bem, era nais ou menos isso que eu tinha preparado para dizer na minha palestra de amanhã, que não acontecerá mais por motivos de força maior.


"Eu sou descendente de Zumbi
Sou bavo sou valente sou nobre
Os gritos aflitos do negro
Os gritos aflitos do pobre
Os gritos aflitos de todos
Os povos sofridos do mundo
No meu peito desabrocham
Em força em revolta
Me empurram pra luta me comovem

Eu sou descendente de Zumbi
Zumbi é meu pai e meu guia
Eu trago quilombos
E vozes bravias dentro de mim
Eu trago os duros punhos cerrados
Cerrados como rochas
Floridos como jardins" Carlos de Assumpção


PS 1.: A maré tá meia-boca agora, quase subindo... Comprei meu tão sonhado CD do Jars of Clay, o Futhermore, capinha digipack, Cd duplo, um soooonho! Vai chegar logo pelo correio!
PS 2.:Fiz um simulado no colégio e fiqui em 39º. O bom disso é que os 40 primieros ganham uma bonificação (no meu caso, 0,5 em todas as matérias). Acho que vou deixar de freqüentar o colégio depois dessa! :D
PS 3.: Cortei o cabelo. Tá estranho, noooossa, eu tô ridícula... Fiz uma franja e tô parecendo uma euro-asiática ¬¬


Um abraço da pseudoescritora, e se cuidem!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Na maré baixa.

Aqui estou, na maré baixa... Ela nunca chega a subir, mas sempre me carrega.

Pra um lugar onde nem eu sei.

Ultimamente tenho pensado coisas. Muitas coisas. Sei que sou uma mulher beeeeeem diferente das outras, e se todas as outras fossem iguais a mim, não sei para onde iria a humanidade. Mas se elas não fossem TÃO diferentes talvez as coisas seriam um pouco melhores.
Tudo tem um ar de despedida agora, final de festa...
Queria ter algo interessante para escrever aqui, mas minha agenda anda vazia nas últimas semanas... Assim como minha vida. Vazia. Partindo do princípio que suicidar-se não é apenas planejar e executar sua própria morte, mas é quando você abdica de viver, e se condiciona a existir apenas, assim está morto.

Tenho lutado contra isso, me esforçado. É difícil.





Para não sair "gão", tenho uma novidade: dia 20 de novembro estarei palestrando no colégio onde vai ser comemorado o dia da Consciência Negra. O tema de minha palestra é "Como o preconceito se apresenta nos dias de hoje".
Só o fato de ser branca e estar na organização do dia da Consciência Negra já fui sutilmente criticada... Isso me choca. Coisas do tipo: "Você nem é negra, o que tá fazendo?", ou então "Porque vocês não criam o dia da consciência branca?", outros acham um barato o dia da conciência negra, dessa maneira, é menos um dia letivo... Esses pensam até que deveria ser a semana da consciência negra, para poderem dormir mais.
A data coincide com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, e , se você não sabe que é ele precisa urgentemente saber.
É um dia voltado à valorização do negro, de sua cultura e resistência. Um dia da conciência negra no Brasil parece não fazer sentido para alguns, mas é uma questão social. 92% dos brasileiros não se consideram racistas, e destes 100% conhecem pessoas racistas. Como, então, existem tantas pessoas que não são racistas que conhecem TANTAS pessoas que são?

Mais à frente, divulgarei meu texto oficial da palestra.


Um abraço da pseudoescritora.

domingo, 2 de novembro de 2008

Amy Winehouse.

De cara esse título já causa respulsa a certas pessoas, mas se você for persistente em ler meu artigo, verá que não são meras idiotisses.





Já queria ter escrito sobre ela antes, mas hoje algo que motivou. Uma cantora gospel foi ao programa do Raul Gil e simplesmente disse que ela tem o "capeta" no corpo. Engraçado como tudo é culpa do capeta... Faltou dinheiro? Capeta. Não passou no concurso? O capeta não deixou. Tem problemas emocionais? É tudo o capeta!
Odeio radicalismos e fundamentalismos, principalmente de cunho religioso.
Tampouco Jesus Cristo foi religioso. Pasmem, ele era talvez o avesso da igreja. Enquanto a igreja dizia que a mulher adúltera deveria ser apedrejada até a morte, ele disse: "Quem não tem pecado atire a primeira pedra. Vá em paz, mulher, e não peques mais" . Enquanto a igreja dizia que o publicano era ladrão, Jesus dizia "Ainda hoje repousarei em tua casa". Enquanto a igreja disse que o ladrão deveria ser crucificado, ele disse: "Ainda hoje estarás comigo no paraíso". Jesus não era um radical. Ele veio para quebrar tudo isso. Se não fosse assim (se ele fosse como todos) não teria dividido a história.
O problema é que alguns evangélicos atrofiados distorcem e julgam o que lhes parece ofensivo. Eu sinto VERGONHA disso. Sinto vergonha porque ao invés de seguir mandamentos simples como amar ao próximo, eles seguem o inverso do "Não julgueis para não serdes julgados". São sepulcros caiados.



Voltando à Amy... Sou fã. é uma das TOP 10 da minha tracklist. Ela tem uma voz inexplicável, e é dona de músicas que tem tudo a ver comigo. Só está passando por um momento difícil, e infelizmente esse momento difícil é quase irreversível por causa de um enfizema pulmonar e uma saúde bem comprometida.
25 anos. 2 CD's lançados, 6 gramys, um marido com sérios problemas, filhos, drogas e depressão profunda. Essa é Amy Winehouse. Essa é a explicação para tudo que vocês já ouviram sobre ela.
Assim como a Britney Spears, que entrou numa fria por causa do marido que a abandonou com dois filhos, Amy Winehouse, como se não bastasse é perseguida ferozmente por paparazzis e tem extensos artigos em revistas de fofoca que dizem como ela é louca e anormal, e como sua vida é uma droga. Literalmente.
"Eu só preciso de um amigo" é uma frase triste para você?
"Não é só meu orgulho, é só até essas lágrimas secarem..."
Não comparecer ao próprio aniversário por se julgar feia demais é normal?


Só me pergunto se esses paparazzis tem um pouco de humanidade. De compreender que cada pessoa é uma pessoa, e que às vezes enfrentamos problemas. Será que quem tirou essa foto sabe o que significa ter humanidade?





Eu espero - do fundo do meu coração - que a Amy se recupere. Embora saiba que ela não tem muitos anos de vida pela frente. Mesmo depois de ir e voltar várias vezes à realibitação "Rehab", ela talvez saiba que se o Ray Charles a conhecesse, ficaria orgulhoso dela (só entenderá isso quem ver a tradução de Rehab).
Existem pessoas que ainda torcem por ela. E garanto que estender a mão é mais fácil que apontar o dedo, ou até mesmo rir da situação.
Isso definitivamente não tem a mínima graça.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tanta coisa!

Realmente tenho muitas coisas a contar, muitos textos na cabeça... Acontecimentos.
Há algum tempo, fui convocada para jogar handebol no OlimGama (intercolegial), na verdade, sei que não sou uma ótima jogadora, na verdade até recusei o convite, mas por insistência aceitei.
A princípio seria a goleira reserva, mas tudo mudou. Não conhecia absolutamente ninguém do time, e não treinamos sequer UMA vez.
Primeiro jogo: contra o colégio Compact, ganhamos por W.O.
Segundo jogo: contra o CEM 02, relativamente fácil, joguei 30 segundos na posição de ponta direita. Começamos perdendo de 03 x 08, depois empatamos 11 x 11. Fim de jogo.
Terceiro jogo (semifinal): Eu não pude comparecer, estava no colégio fazendo prova de matemática. O time perdeu de 10 x 12
Quarto jogo (disputa pelo 3° lugar): novamente contra o CEM 02, joguei como ponta direita o jogo INTEIRO, não havia nenhuma jogadora reserva. Às 14:00, intenso calor, quadra fechada, jogo apertado.
Na verdade, o peso sob minhas costas era tanto que nem sabia o que estava fazendo ali naquela quadra. Diante daquele time que a mim não era nada familiar. Não prestava atenção nas laterais que eu deveria cobrar e só corria de um lado pro outro, às vezes fazia defesas de efeito, e lances para a artilheira, um lance ao gol com defesa da goleira.
Eu cansei de fazer o seu papel, guria! - gritava a jogadora do meu time.
Ela me empurrava, gritava e me olhava com um ar de reprovação. Minha vontade de chorar foi abafada pela nossa derrota.

10 x 14
Depois do jogo eu quase desmaiei, voltei pra casa com olhos e mãos vermelhas.

























Não sei se valeu a pena. Tanta pressão; falta de diversão, de entrosamento e de calma.
Quarto lugar não ganha medalha. Nem reconhecimento.

E tenho mais uma notícia: Desisti das aulas de canto.
Muita gente nem sabia que eu estava fazendo aulas. Mas desisti. Não conseguia realizar os exercícios vocais e as aulas estavam cada vez mais extensas e chatas.
Bola pra frente. Tudo muda, e espero que pra melhor, pelo menos dessa vez.


" Eu tenho direito de errar
Meus erros me tornarão forte
Eu tenho o direito de errar
Já me seguraram por muito tempo
Eu tenho que me libertar para finalmente respirar
Tenho direito de errar
Cantar minhas próprias canções
E posso ficar desafinada
Mas com certeza me sinto bem assim
Tenho direito de errar
Apenas me deixe em paz" Joss Stone - Right to be wrong

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Marrie Aine em : Um Conto de Fadas

Caso não saibam que é Marrie Aine, farei um pequeno resumo.
Marrie Aine foi uma personagem que criei há algum tempo atrás. Ela foi protagonista de 3 contos humorísticos, irônicos e pseudoromânticos. Mas acabou sozinha.
Quem tiver cusriosidade em lê-los, procure no arquivo.


Marrie estava sobrevivendo. Aos poucos tentava superar tudo.
Certo dia, no metrô "nosso de todos os dias" estava ela, sentada, esperando para ir à faculdade quando de longe avistou um príncipe encantado, isso mesmo! Era um príncipe.
Ele não vinha montado num cavalo branco, nem ao menos num pônei branco... Nem de bicicleta ele vinha... Mas vinha caminhando com um sorriso timidamente aberto e a barba por fazer, levando consigo alguns livros e o cansaço latente.
Marrie não piscava. Marrie era uma idota. Uma idiota vivendo o começo de uma possível história de amor (?) platônico. O mais puro dos platônicos.
Então todos os dias seguiam-se com um ar de euforia, troca de olhares e, logicamente (já que estamos falando de Marrie) muitos tombos. Afinal, Marrie andava com a cabeça nas nuvens. Agora, então... Mais ainda. Marrie não era capaz de olhar para qualquer outro ângulo em que o desconhecido príncipe não estivesse, e isso rendeu-lhe quedas em escadas, ruas, esquinas, etc etc etc.
Certo dia, o metrô estava em greve.
Marrie não tinha outro meio de ir para a faculdade, então ficou no metrô à espera de um milagre.
E o milagre veio. Veio com um sorriso timidamente aberto oferecendo-lhe carona.
Pela primeira vez o príncipe desconhecido havia trocado palavras singelas com Marrie.
Eles foram para a fculdade no carro do pai do príncipe desconhecido. Nenhuma palavra trocada durante o caminho, afinal, Marrie estava no carro de dois desconhecidos.
Ela olhava ao seu redor como quem acordava de um sonho. Percebeu o cheiro do carro, que tinha uma essência de morango e fitinhas penduradas no retrovisor.
Disse obrigada e foi embora.
Quando o carro virou a esquina, mil pulos ela deu! Era aquele o momento mais marcante! As borboletas em seu estômago saíam pela boca e voavam ao redor dela, as pernas crentes de abarcar o mundo.
Mas nem o nome dele ela sabia.
Os dias passaram-se e nada mudou. Mesmo depois da carona "encantada" ambos não tiveram coragem de comunicar-se. Marrie até tentou, mas quando chegava perto dele, desmaiava ou tinha um ataque de risos. Ele só olhava como quem guardasse os mais profundos pensamentos sobre ela. Pensamentos esses que poderiam ser: "Que gracinha, ela é tão desajeitada." ou "Que louca, ela é tão desajeitada."
Marrie não sabia. Seu coração apertava.
Mais uma vez embarcando naquele sentimento que a fez de boba; mais uma vez afundando, caindo, tropeçando de amores ; mais uma vez sendo Marrie.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

De saudade em saudade.

Tudo pelo que vivo é por causa da saudade.
Saudade dos bons tempos, de tempos que nunca vivi, de ter tempo. Saudade da infância; da euforia, do calor e da magia de estar apaixonada; saudade de pensar que sabia muitas coisas, saudade daquelas tardes de sol ameno, saudade de frases, de pessoas...
Se vivo agora, é pra sentir saudade depois. E depois, quando a saudade vier, saberei que cada momento, cada sensação, impressão e cheiro estarão bem aqui, nesse pedaço de papel e na ponta do lápis, lembrada a cada batida de uma linda canção, aquela que escutei mil vezes.
Quero viver tudo, simplesmente viver.
É por isso que estou aqui.



"Hoje aqui, amanhã não se sabe... Vivo agora, antes que o dia acabe [...]
Mal começou e já estou com saudade..." Ls Jack




Texto dedicado a um amigo querido, saudoso em minhas doces lembranças, que no dia 01 de outubro me motivou a ser da melhor maneira quem sou.

A você fica meu obrigado, Jhon Lennon Fernandes Manzan.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Afogando-se em Sofreguidão.

Sofreguidão é minha companhia ultimamente.
Tudo distante, estranho, obscuro. Sem desabafos fúteis, só vazio por dentro.
Agora mesmo, enquanto escrevo, lágrimas insistem em cair do queixo, para desafogar minhas queixas, meus medos. Choro é o desabafo sem palavras, o ponto mais alto da alegria ou tristeza de um indivíduo.
Motivos que não revelarei, não aqui.

Uma comédia, um mistério, uma ironia, uma tragédia. Então grito: Deixe o show começar!

Salve-me dessa maré, tire-me daqui.
Alguém aí?
Alguém que é dono de beijos sutis e palavras doces? Alguém que tem um ombro aconchegante e um abraço que completa?
Se houver, encontre-me aqui.

Play now: Sad Clown - Jars of Clay

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Tempo, tempo, tempo.

"Não sei porque inventaram o tempo se nunca o temos" - o Fabrício disse isso e ficou marcado. Não tenho tempo, e não há lugar onde se compre, alugue ou empreste tempo.
Você não chega em um barzinho e pede um dia Unibanco (30 horas) com bastante gelo e limão.
Falando em tempo, o meu tempo de passar o tempo está chegando.
21 de Agosto de 1991 foi meu dia. E esse dia se repete uma vez por ano todos os anos enquanto eu ainda tiver tempo para respirar.
No dia em que nasci minha mãe tinha 16 anos e meu pai 20. Aposto que eles não sabiam o que viria pela frente, mas não havia mais nada pra fazer. Foram tempos difíceis, minha mãe quase largou o colégio e foi "expulsa" de casa. A partir daí, minha história e eu tomamos corpo.
Então estou aqui onde estou, à beira das 17 primaveras e não tão ansiosa como há tempos atrás. Embora pareça engraçado, sinto o peso da idade acompanhado de várias responsabilidades.
E, todos do dias tudo ao redor muda. Muda o tempo todo.
O tempo que eu não tenho muda tudo em mim.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Faith Enough [?]

Mesmo eu, e as pessoas que nasceram e cresceram dentro de igrejas tem a sua fé testada ou até mesmo CONTESTADA.
Não é como quando cremos que Deus fará tudo e descerá do céu passando a mão em nossas cabeças. O que de fato, não é bem assim.
Não se ama a religião, nem mesmo apega-se. Religião não é sinônimo de fé e verdade. Creio no que penso que está certo e frenqüento a igreja. Lá nem sempre aprendemos as coisas como realmente são, quem quiser estudar/aprender de fato faz teologia. Lá encontramos pessoas que querem ser melhores, que querem firmar sua fé.
Mas e quando naufragamos?
Daí vem as frases fanáticas: "Não O entendo, mas o sigo mesmo assim", "Se você me provar que Deus não é verdade eu deixo a verdade e sigo a mentira."
Não, não é assim! Temos que contestar. Sou convicta de minha fé, mas isso não quer dizer que não tenha dúvidas. Como disse o famoso "Boca do Inferno" em seus versos: Cuja lei contesto tanto viver, Sob a lei que desejo morrer [...]
Ultimamente, igreja virou instituição (com fins lucrativos) e é por isso que em cada esquina tem uma. Quando vejo coisas assim, fico profundamente triste.
Igrejas que pregam prosperidade financeira e só. Deus quer seu dinheiro e vai te dar tudo em dobro. Não, não, não, o que Ele quer é você, assim como está. Ele veio para dar a vida, e a vida em ABUNDÂNCIA, que interesse Ele teria em dinheiro?
Confesso que às vezes penso no que fazemos dentro da igreja. Às vezes olhomos ao redor e enxergamos fanatismo atrás de fanatismo. É dinheiro, oferta e dízimo. São negócios.

Então me pergunto: Tenho fé suficiente?



Você sabe pelo que estou passando
Eu sei que é verdade
Você já esteve em meu lugar
Desejo dentro de mim
Mas é difícil de acreditar
Naquilo que não se pode ver
Você pode pegar o vento?
Ver a brisa?
Sua presença é revelada pelas folhas das árvores
A imagem de fé no invisível
Nos olhos da minha mente
Eu vejo Seu rosto
Você sorri conforme me mostra Sua graça
Nos olhos da minha mente
Você pega minha mão
Caminhamos por terras estranhas
As terras estranhas da vida


Na minha mente
Estou onde eu pertenço
Conforme descanso em Seus braços
E como uma criança eu me agarro a Você
Em meu momento de verdade
Podemos acompanhar a tempestade
Suportar a dor
Você me conforta no furacão
E nunca mais estarei sozinho de novo
Você pode pegar o vento?
Você pode ver a brisa?
Em minha mente eu posso ver Seu rosto
Conforme o amor transborda numa chuva de graça
A vida é um dom que Você escolheu dar
E eu creio que nós viveremos eternamente
Fé a evidência das coisas invisíveis
As pessoas me dizem que Você é apenas um sonho
Mas elas não Te conhecem do modo que eu conheço
Você é aquele que eu vivo para seguir


Mind's eye - dc Talk

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

By Wesley Marques Ponte

Ela olha e eu me perco
Ela contempla, eu me jogo
Sem medo viajo
Sem medo dos olhos
Verdes abismos
Piedade clemente
Piscinas de absinto
Janelas para a mente
Verdes equívocos
Suave ironia
Leves agitos
Intensas calmarias
Sentimentos recíprocos
Sentimentos de verdade
Tão verdes equívocos
Tão diferentes realidades





Não importa o que eu diga, nada dignificará essa linda homenagem.



Leia mais clicando aqui.



Beijos da pseudoescritora. =***

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Não quero.

Eu não quero me afogar em sentimentos
Te mostrar que sem você não sou ninguém
Não quero deixar essa angústia me corroer
Nem essa espera me matar
Essa paixão não pode me atacar
Não quero que olhe em meus olhos
Pois bem lá no fundo você vai ver
Vai saber o meu segredo
Só me deixe aqui.




Não passei no vestibular. Fui eliminada por causa da redação. Bem irônico, não é? Eu, redatora por natureza. As palavras parecem sempre saltar de mim, serem minhas amigas. Não sei explicar o que aconteceu, tampouco o que sinto nesse exato momento. Caí do cavalo.
Love is a losing game - Amy Winehouse

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ironia do destino.

Irônico é tudo em minha vida.
De uma maneira anestesiada e melancólica, tudo acaba em ironia.
Essa ironia não fere mais, só me paralisa.
Deixa tudo, esquece tudo, escuta só o silêncio bater nas paredes... Abraça a solidão.


Um beijo da pseudoescritora.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Caracteres Lispectorianos.

Todo mundo diz que ao escrever, lembro Clarice Lispector. Essa coisa de divagar sobre a vida e colocar amor em tudo, mesmo que seja um amor desacreditado é bem a cara dela (e a minha também).

Mas creio ser de um perfil bem mais inconstante e elétrico, deprimido e feliz ao mesmo tempo. Silencioso em sons e falante em forma de escrita.
Alguns dias atrás, fiz o vestibular da UnB, concorrendo para Letras Português - Bacharelado/Licenciatura. A minha pequena esperança vem e vai, mas dia 14 de julho saberei.


Bem, minha terceira redação vai ser pulicada no site do colégio, inspirada em uma história real e beeeem Lispectoriana.








Cinco ou dez coisas que sei sobre ele




Dele, sei pouco.
Sei que sempre senta no fundo do ônibus e parece cansado todos os dias.
Que estuda, não sei onde, mas traz consigo livros.
Que possui um sorriso tal que faz minhas pernas tremularem.
Que anda com pressa, mas sempre parece não ter destino.
Que seus olhos são profundos e serenos.
Que completa meus dias sem dizer nenhuma palavra.
Mas hoje sei que fala, que sua voz é doce, que seu sorriso quando de perto traz borboletas ao meu estômago e me faz tremular e tontear ao mesmo tempo.
Seu nome não sei, e isso me basta.

Marrie Aine está voltando, aguardem próximos posts.

Um beijo da pseudoescritora, e se cuidem.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Crise aguda de sexta-feira.

O pólo negativo.

Não sei bem o que acontece comigo nesses dias.
Não por ser sexta, mas por ser crise. Ás vezes eu me sinto muito menos.
Menos esforçada, menos otimista, menos dedicada, menos merecedora, menos capaz, menos feliz, com menos vontade de qualquer coisa.
Estou desplugada de quase tudo. Minha internet funciona nos dias em que decide que sim, os programas não me aparecem, mas também não tenho grana pra eles, o celular serve só para os joguinhos que já joguei mil vezes, o teto cansou, porque eu ficava encarando muito ele, sinto sono descomunal, sede descomunal.
Já não agüento mais o falatório dos professores chatos, a pilha de exercícios pra fazer e a preocupação com data de apresentação e entrega de trabalhos, notas e reuniões. Um turbilhão.


Tenho um peso grande nas costas, provas, vestibular, responsabilidades que estão sendo esquecidas e mais mil coisas que não me deixam em paz.
Espero melhorar, ah! Eu espero sim.


Que esse meu anseio
Se transforme na paz que mereço
Que o meu cansaço
Se torne apenas mais um dia ensolarado


So help me God!




sexta-feira, 2 de maio de 2008

Special post.

Esse post é um tipo de citação à coisas e pessoas que marcaram ou marcam minha vida de alguma forma.

abujero.blogspot.com
O nome do autor é Henrique, que conheci por intermédio da Raquel, que por acaso é namorada dele. Os textos são ótimos e eu enxergo muito de mim neles. Passo horas lendo, e leio sempre os mesmos (Y).

Ana Carolina
As músicas de fossa que eu mais amo. Se um dia me ver escutando ela, me dá um ombro amigo, tá?

Ana Miranda
Minha paixão é pela paixão que Ana Miranda inventou por Antônio de Gonçalves Dias, dono dos mais belos poemas, e ela, dona das mais belas prosas e dona de um pedaço da minha vida. Milhões de vezes tentei mandar um e-mail pra ela e contar como me senti quando li o livro, mas não consegui.

André Amaral
Comprei um CD dele e desde então somos amigos e confidentes via internet. Agora ele sabe que Brasília é uma mistura de tudo e eu sei como é ser uma pseudovegetariana com os "ensinamentos" dele.

André Braz
O extinto Mohhamed, parente dos amigos que virou amigo também.

Antônio de Gonçalves Dias
O cara que marcou toda a minha adolescência, dono dos poemas que eu declamava dias a fio. O dono do meu sentimento de pseudoescritora e o dono da minha paixão por seus poemas.

Camila Oliveira
Porque nada, nadinha conseguiu nos separar. O que nos tornou irmãs? Nem te conto!

Céu
Aprendi a amá-lo num dia de sol, estava deitada no chão da varanda e fiquei olhando... Foi amor à primeira vista! Céu amarelado, vermelho, azul, roxo. Com estrelas, e aquela lua linda?

dc Talk
Primeira música que ouvi foi Colored people. Comprei o Welcome to the Freak Show, Supernaural, DVD e por aí vai. Impossível ficar parada! Kevin Max, Michael Tait e Toby Mac (L). Os caras!

Discopraise
Era uma noite de quarta, quando os conheci. O coração na mão! Educadíssimos e donos das baladinhas mais marcantes da minha vida. E viva a Disco music!

Fabrício Augusto
Professor de Literatua há dois anos. Aquele que me coloca pra preencher suas planilhas e a quem sou sempre dedicada. Aquele que passa 75 minutos de aula falando intensamente, em palavras que viajo.

Felipe Gilli
Mesmo distante, amigo de verdade. Ele inventou uma floresta de flores só pra mim!

Fotografia
17 de Julho de 2005. Ganhei minha prmeira câmera digital. No começo, fotos clichês. Depois, olhar aflorado. A arte não é pra se explicar. É pra sentir.

Handebol
Era a primeira aula e eu nem sabia que três passos não deveria dar. Fui pro gol, depois, ponta, e depois pivô. Sensação de esporte de verdade! Bom demais!

iPod
Ele chegou, vemelhinho e fofo. Não vivo sem ele. Com ele passo a maior parte do meu tempo, ele me acompanha nas crises de histeria ou de choro. Crises de Leigh Nash ou James Brown. Surtos. Dancinhas bregas.

Jars of Clay
Vi aquele ruivinho lindo na TV cantando versos lindos, que diziam: "Fecha meus olhos e abraça meu coração... Cubra-me e faça algo, muda lgo normal em algo belo. "
O primeiro CD comprei por causa dessa única música. Não parei mais.
Dan, o Dan, não dá pra explicar não. Charlie, o gracinha. Matt, o sereno. Steve, o engraçado.
Na crise: Much Afraid, Silence. Dias bons: Sunny Days, Whatever She Wants. Revolta: Oh my God e Ligth gives Heat. Amor: Fly, Water Under the Bridge, Only Alive, Famous Last Words. No silêncio: Goodbye goodnigth, These Ordinary Days.

Jesus Cristo
Cuja lei contesto tanto viver! Sob a lei que desejo morrer! Sou uma menina de fé, eis porque tantas dúvidas. Convivo com Ele desde pequena. Foram brigas, sermões, intrigas, choro e muito mais. Porém sei que me ama. Assim como o vento, sinto em cada suspiro a mão d'Ele.

Kanmila Helainy
Dona do nome estranho, companheira de estudo, de esporte e de loucuras. Verdadeiríssima!

Laércio Leal
Professor de Filosofia. E dizer mais o quê? A melhor pessoa que já conheci em TODA minha vida.

Mamãe
Eu sabia que a dona daquele ventre era a pessoa mais importante da minha vida. Hoje, somos zoadas na rua, porque queremos enganar todo mundo, pois afinal, ela não é minha mãe. É irmã, nénão?

Marcos Padilha
A quem dedico horas no MSN e olhando fotos. Só desejaria qu a distância encurtasse. Muito importante pra mim.

Papai
Me deu a herança dos olhos verdes. O cara que sabe tudo.

Paulo Braz
Ele brilha tanto!
O cara dos covers. Ele e sua viola.

Payable on Death
Aprendi a gostar com o Sr. Paulo. Com eles, veio o Matisyahu, e variedades. Boa música.

Rosa Amélia
Professora de gramática. Minha mãe torta.

Vovó
Porque o melhor colo e a melhor comida são dela.

Wesley
Sem palavras, meu querido, meu xuxuzinho. Ele que diz coisas que todo mundo pensa mas não tem coragem de dizer. Ele, dono dos elogios mais estranhos, ele que me chama de afroeuroasiática.


Talvez eu tenha esquecido algo. Mas, enfim, tá aí!

sábado, 5 de abril de 2008

Crise.

Todo mundo que eu conheço está em crise. Momentos de acessos de choro ou até mesmo de felicidade (a maioria das vezes, tola. E talvez seja a pior crise de todas). Como diz, ou melhor, como digita um conhecido meu é simplesmente [-], mas neste caso eu estou [-------------------].
Quando se perde um brinquedo do qual se gosta muito, ou quando uma rosa é jogada ao mar... Por algum tempo você ainda consegue mantê-la perto, depois ela vem e vai ensaiando ir embora. Até que depois... Ela vai embora de vez.
Coisas assim, que nem comprar sapatos aliviam. Tensão, tristeza, pressão.
A paixão é a crise mais astuta que já vi. Quando com circunstâncias errôneas as pessoas pensam viver no paraíso, mas não sabem que é um paraíso de medos. Elas sim, são completamente cegas e inconscientes da crise. Elas afastam seus amigos, mudam seu modo de vida e investem todas suas "moedas" naquilo.
Quando acaba, vê que não há ninguém ao lado, porque o próprio as afastou.
Outra crise é a que eu chamo de "erupção do vulcão". Pessoas calmas, que parecem nem viver nesse mundo, aquelas que se levarem um tapa no rosto perguntariam a quem as bateu" Por que você fez isso?"
Elas são vistas como centradas e emocionalmente equilibradas, mas após algum tempo, tudo aquilo que está dentro delas vem à tona e aí começam os acesso de choro e é a hora de se contentar com a famosa amiga solidão A culpa não é dela, e sim do que você faz quando ela te acompanha.
Fico imaginando sempre: "porque isso não acontece comigo?" ou "o que será que está faltando em mim?"
Depois de três dias, desabei.
Tava demorando.
Eu sei que sou chata, e estou escrevendo esse texto sem direcionamento nenhum. Apenas me vêem as palavras e digito.
Blá blá blá




"Sou doente da condição humana
Revoltada, eu não quero ser mais gente!" Clarice Lispector

domingo, 30 de março de 2008

15 segundos

15 segundos podem ser... Quase nada, ou tudo.
Vamos tentar falar sobre nós mesmos em 15 segundos?

Lá vou eu.
A falação que não sai de mim é escrita. 1991, meu ano. Agosto, meu mês. 21, meu dia. Rafaela Oliveira da Vitória. Minha história está em processo de mutação. Estudante brasiliense,
leio no banco da praça, sou discreta, silenciosa, bipolar.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Urban 90.


Urban 90, linha 225. A catraca gira.
Penso na vida, aquela música no iPod, a catraca gira.
Aquela árvore bonita na janela, a catraca gira.
Todos os dias, uma vez; toda quarta e quinta, duas vezes.
Eu sento na cadeira da frente no colégio, e, sempre existem 18 azulejos de mais ou menos um palmo altura e largura que me distanciam da parede. Da minha cadeira dá pra enxergar o hidrante e um pedaço da escada. Vou pra biblioteca. Tem partida de handebol hoje?
O livro, o exercício, o resumo, a prova, o vestibular.
Aquele sentimento que tremula minhas pernas continua.
A catraca vai girar amanhã.
E assim vão meus dias.

sábado, 1 de março de 2008

Down and Out of Time

Eu sonhei alguma coisa na última noite em meu sono
Eu vi você se sentando em um quarto sem mim
Você estava sorrindo e você tinha uma tatuagem
De mim, em um quarto sem você

Eu Mirei meu canhão em você pronto ou não
Você vai sentir minha dor, como ele ou não
Você tem seus débitos para pagar e você é um dos meus
Você está abaixo e fora do tempo

E existe alguma coisa que eu quero dizer
Um ritmo simples eu esqueci de como jogar
Eu quero dizer para você que eu chamei os cães para fora
Seu mistério não é digno de ser resolvido

Sixpence None the Richer

sábado, 23 de fevereiro de 2008

A carta.

Olá, tudo bem?
Há quanto tempo não te vejo... Sinto falta daquele olhar sutil de menino engraçado. Escrevo essa carta para fazer a coisa mais idiota da minha vida, talvez eu nem devesse, mas vou fazer. Sabe, no dia que te conheci era uma quarta-feira, noite amena e abafada, você só sorriu pra mim.
Esse sorriso me despertou tudo que conhecia sobre beleza e encanto. Aos poucos você aparecia com mais freqüencia e mudava meus dias comuns... O suficiente pra me despertar a mémoria mil vezes. Era o ouvinte mais atencioso ao qual dedicava horas olhando fotos e conversando tímidamente. Cada foto, decorando cada traço, imaginando estar lá.
A última vez que te vi, não agüentei, te abracei tão forte! Acho até que pôde sentir como meu coração batia acelerado naquela noite, fiquei com muita vergonha e comecei a falar sobre o tempo, lembra?
Desde então, venho pensando em como dizer (ou não) isso tudo. Meus dias têm se passado com um inefável suspense, a olhar pro céu pensando que tu vês o mesmo que eu, e que as estrelas são brilhantes como as do meu, e que a música que você me ensinou a gostar continua no repeat do meu iPod, e que sonho com você quase todos os dias, você não diz nada nos sonhos, só sorri. Ando lendo livros que me fazem rir tanto! Uma risada gostosa, saudosa, uma saudade de coisas que jamais vivi.
Talvez você nem saiba de tudo que eu sei sobre você, mas eu sei muito, embora quisesse saber mais e mais, fazer parte desse mistério todo que te envolve.
Hoje, noite nublada, frio e solidão. Escrevo pra te dizer que venho buscando desculpas pra que eu combine contigo e você comigo, criando mil situações pra que nos encaixemos, pensando dias e dias o que te dizer.
O que existe é um sentimento que não é amor, mas é tão intenso quanto o amor, que faz meu corpo tremular, viver para o horizonte, uma rosa jogada ao mar!
Eu espero logo te ver, e que a coragem me tome pra que minhas palavras momentâneas saiam da minha boca em direção aos teus ouvidos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Voltando Tudo.

Quando fui à biblioteca pegar um livro de Marx e Engels, vi na prateleira escondido um livro que um dia já roubou muito de mim, já me levou pra um lugar que jamais conheci, mas sinto que já estive lá, me fez provar de um sentimento que não era o amor, mas era tão profundo quanto o amor... Me fez lembrar dos meus dias de menina provinciana que gastava suas noites e madrugadas adentro paralisada por tão profunda e linda leitura, Dias e Dias, de Ana Miranda. Todo mundo está enjoado de me ver falando desse livro aqui, mas é a minha vida escrita de uma maneira menos minha.
Sempre gostei muito de Gonçalves Dias, em sarais só declamava poemas dele, eram e são os mais profundos e repletos de sentimento que já vi. Então viajo longe e faço dos olhos de Feliciana os meus, admirando tal poeta que um dia foi um menino dos sapatos apertados e calças enferrujadas, e me vejo, meus olhos verdes, minha paixão como a de Feliciana, anos se passam, pensamentos infindáveis, sonhos...
Agora eu bebo cada palavra, e me lembro de como eram meus dias quando li pela primeira vez, isso foi antes de desistir de amar, mas ainda nem sei se vale a pena desistir ou não.
Não amei muitos na minha vida, acho que nunca cheguei a AMAR, dar a vida... Mas tudo no papel é lindo, até as leis são lindas de se ler.

A poesia é para gente que gosta de errar pelos vales e campos, pelas ruas sujas, pelos becos sem saída, gente que chora a vida que se escoa lenta, longa e em vão, que ama a triste noite e suas negras asas, a poesia não é a tradução das estrelas, nem da brisa na palmeira, nem do murmúrio das florestas, a poesia é dor, sofrimento, espinho da vida a se entranhar no coração do poeta, poeta é aquele que sofre sem motivo, aquele que tem a inocência de determinarpara sua própria vida sacrifícios de que ninguém toma conhecimento e a ninguém interessa.
Pág 46 (A poesia, o poeta)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O Massacre das Loucuras de Marrie Aine

Era um dia de domingo, quando Marrie e sua bicicleta passeavam sentindo o cheiro das árvores em sua pequena cidade.
Quando viu a barraquinha de morangos parou e foi comprá-los. A vendedora; de traços sutis, cabelo loiro um pouco enroladinho, olhos verdes e um sorriso indefinível; a atendeu com um sorriso e naquele momento um papo se instalou. Ela falava de como seu noivo era perfeito, de como eles iam jogar as mochilas nas costas e sair por aí até encontrar uma praia deserta pra se casarem, vivendo felizes para sempre e blá blá blá... Marrie não pôde deixar de reparar que o que a moça chamava de aliança era um fio dental verde florescente, devia ter gosto de menta. Tá certo, o que importa é a intenção, né? E, mesmo com uma banquinha de morangos, eram hippies, hippies modernos, com apego material. Ela não pôde parar de olhar, pois nunca tinha visto um fio dental tão chamativo, além de ser sua cor favorita.
Tudo que a moça dos morangos dizia soava para Marrie como a professora do Charlie Brown... "bobobobobooowboow". Marrie estava paralisada. Uma mocinha tão nova, com tantos planos malucos que provavelmente NUNCA iriam se realizar... Porém parecia feliz.
Então a mocinha dos morangos perguntou num tom meio espantado: "Você não vai casar?"
Como assim? Querendo se intrometer na vida de Marrie ? Nem os pais dela diziam isso, pois eles congelaram o tempo no dia em que ela falou "mamá" pela primeira vez.
Nesse momento um eco soou dentro da cabeça de Marrie, e, junto com o eco um agradável filme do dia em que ela caiu de bicicleta e Brando chegou perto dela... Dava até pra sentir o perfume., ela voltou naquele momento onde, talvez, ela fosse uma pessoa desejada, gostada... engraçada... Sei lá! O que importa é que ela viajou, e, nessa viagem não dava pra explicar o que ela sentiu, ela só sabia que ele havia chegado perto dela e aquele foi o momento maior de tudo que havia acontecido em sua vida.
Logo em seguida, a moça dos morangos começou o questionário: "Mas você não tem namorado?"
"Quantos anos você tem?"
Marrie só disse: "Talvez eu tenha vivido a metade das aventuras que você planeja, mas não tenho um noivo,nem namorado, nem xereguedê e muito menos uma aliança de menta."
A moça ficou espantada.
Marrie perguntou: "Onde comprou? É pra eu tirar as sementinhas do dente, e o cheiro é agradável!"


Pelo menos Marrie tinha um fio dental verde florescente com cheirinho de menta agora :D
Aquilo bastava, a fazia lembrar de tudo. Ela já sabia em seu coração que não poderia dividir seu fio dental com Brando, mas estava feliz assim.


[não sei se continua]
Vocês estão se apegando a Marrie (Y)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O Retorno das Loucuras de Marrie Aine

Marrie era uma louca-legal.
Jhon Brando era um tipinho de cara diferente, mas ao mesmo tempo igual. Seus pais lhe deram esse nome em homenagem a Jhon Lennon e Marlon Brando. Deu nisso.
Ele não era do tipo príncipe encantado num cavalinho branco. Ele teve uma moto por pouco tempo, ninguém sabe o que aconteceu depois... Pobre moto. Anos depois, Jhon passou no vestibular... Enquanto Marrie ainda esperava por um olhar especial. Jhon tinha 29 anos. começou seu curso de Publicidade e foi morar fora.
Emquanto Marrie lidava com cortejos inúteis por anos, mas nunca nehum olhar especial de alguém especial. Tudo bem, ela colocou em sua cabeça que esperaria até os 50 anos. Ainda tinha 30 pela frente.



[continua]

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

As loucuras de Marrie Aine

Ela está sozinha, se sentindo um lixo, se sentindo mais gorda que uma elefanta... Ela grita um blues histericamente e balança a cabeça pensando que isso funcione pra deixá-la lombrada. Pobre Marrie Aine, ela comeu tanto chocolate hoje ! Acabou assim, hiperativa e deprimida.
Ela andou de bicicleta pela cidade hoje, era uma tarde fresca depois de uma chuva torrencial quando aquele cara liiiindo, Jhon Brando deu "oi" para ela. Marrie, distraída... Pobre coitada, atropelou um homem, caiu no chão e fingiu ter desmaiado, para que, pelo menos, Jhon Brando se preocupasse e não risse dela até morrer, sem contar que isso amenizaria sua vergonha.
A reação foi demorada, Jhon riu tanto que chegou a chorar. Quando viu que Marrie não havia se levantado do chão, foi socorrê-la... ela pensou que ele estivesse chorando de preocupação.
Marrie estava lá, suja de lama e com as bochechas vermelhas como uma rosa recém-desabrochada. Jhon como um tonto. Ela apaixonadamente envergonhada. Ele lindamente burro.
Marrie desapareceu.
E agora ela está sozinha, se sentindo um lixo, se sentindo mais gorda que uma elefanta... Ela grita um blues histericamente...


Calma, Marrie, calma...
[continua]

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Imediatismo.

Falho, imediatista e desconhecido é o nosso coração. Nosso próprio coração. As pessoas fazem promessas quando estão eufóricas, falam besteiras quando estão nervosas e prometem amar pra sempre quando não sabem o que vão sentir daqui a 5 minutos... Por isso as pessoas se machucam, e, mais ainda aos outros. As coisas bem que poderiam ser fáceis. Promessas fáceis de cumprir, besteiras esquecidas e amor verdadeiramente eterno. Seria tão mais agradável dizer que amaria por 7 anos e amar 70. Paciência ! Eu ainda acredito que o ser humano vai evoluir.


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...
(Oswaldo Montenegro)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Um beijo

"Foste o melhor beijo da minha vida,
Ou talvez o pior... Glória e tormento,
Contigo à luz subi do firmamento,
Contigo fui pela infernal descida!

[...]

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
[...]naquele instante,
Por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-te o ardor, e o crepitar te escuto
Beijo divino! e anseio, delirante
Na perpétua saudade de um minuto..."
Olavo Bilac