quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Tell me what we gonna do now

Xoneeeei nessa música;



"Você não tem que tomar uma decisão
Eu só quero passar meu tempo com você
Se isso estiver certo
Me perdoe se eu fico tão tímida
Mas, às vezes você é a razão porque
Eu estou sentindo meu estômago revirar
Há uma coisa nesse seu olhar
Que me faz tão bem

Quando minha mente se abre
Você é minha alegria
Você é o meu sonho
Eu durmo e oro
Por você
Eu adoro você
Você é tudo que eu preciso
Eu amo como você me ama
Se eu fui feita pra você
Você foi feito pra mim
É tão bom pra ser (verdade)
Me diga o que vamos fazer agora

Engraçado como meu mundo continua girando
Às vezes você pode ser tão bobo
Sabe apenas como me fazer rir
Sua pele é tão amável
Eu sei que você me protege
Sinto tão segura quando você me abraça
É como se já me conhecesse."


Joss Stone

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Pagando mico.


A semana passada foi UóÓ; eita caramba, Rafaela paga mico demais!

Essa semana tambeééém... Oh my God!

- Rafaela quase cai da escada (Pri, obrigada por me salvar);
- Rafaela entra no banheiro masculino;
- Rafaela matou aula de Artes pra assistir a de Literatura, foi descoberta e expulsa;
- Rafaela não sabe o que fazer, dizer e muito menos agir. Ela fica nervosa, vermelha, a voz falha, ela finge que não vê, dá sorrisos forçados quando tudo está uma meleca.


[auto promoção é legal, vocês deviam tentar]
=D

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Foi sublime e suave
Foi carinho, foi risada
Foi mistério e muito mais
Foi doce e bonito
Foi... um momento.
Eu entendi o sinal pelo seu jeito de rir pra mim.

Pode rir, tá?

domingo, 16 de setembro de 2007

Perspectivas

É... Tem sido assim; suspirando e passando os meus mais longos dias do ano inteiro, dentro de ônibus a olhar a mesma paisagem, que parece sempre ter algo mais bonito ainda pra me mostrar, no cursinho, tirando fotos da lua, da rua, do meu allstar e do sol.


Dias em que o meu olhar aflora, tentando desenhar personalidades de pessoas, observando tudo e todos. Silenciando, mas ao mesmo tempo gritando meus sentimentos em apenas um olhar.
Então, essa paz me invade, me faz voar... Ao som de um velho banjo.

Hoje estou assim, diferente. Uma realista filha de uma boa mãe lendo poemas de Quintana e Gonçalves Dias, que é pra pensar um pouco. O coração se fere, mas não sinto mais dor.


Estagnada na divagação Machadiana de Dom Casmurro, o qual não consigo terminar de ler. É envolvente, complicado e sem sabor.




Juuuuuuro que estarei tomando conta do meu blog com mais carinho agora.








"Tudo que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo que quer de mim
Irreais
Expectativas desleais"


Vanessa da Mata e Ben Harper

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Dias & Dias

Agora estarei postando redações, resenhas, análises, prosas, etc, etc, etc... Vou dar um STOP nas divagações. Para meus "apreciadores", não vou parar de escrever, afinal, a fala e escrita são os elementos que mais se aproximam do pensamento, embora às vezes pensamos coisas das quais não sabemos bem o nome... O tempo também não me ajuda. Esta é uma resenha do livro (título) de Ana Miranda, que é uma suuuuper escritora. E o livro dela mecheu comigo.





Romance

Livro de Ana Miranda, que relata o amor platônico e ideal que Maria Feliciana sustentava por Antonio, o filho do português dono da mercearia que ficava em frente à sua casa, que logo após viria a ser o poeta Gonçalves Dias, que conhecemos.
Tudo começa com um quilo de feijão verde embalado por um papel contendo um poema que falava de olhos verdes, os olhos de Maria Feliciana não eram tão verdes, mas, no primeiro momento achou que o poema fosse destinado a ela. Maria Luiza, sua amiga, que viria se tornar esposa de Alexandre Teófilo, que por sua vez era melhor amigo de Gonçalves Dias, pensava ser engano do jovem Antonio, uma vez que poderia, distraído, embrulhar o feijão verde de Feliciana com o rascunho de um poema. Ela disse à Maria Feliciana que era destinado a uma escrava, uma vez que os olhos dela não eram tão verdes, eram cor de mel, ou verde como o verde da folha da palmeira envelhecida.
Desde então, 28 anos se passam e a vida de Antônio muda, e de Maria Feliciana também, ele como um sabiá, voa longe para estudar em Coimbra. Ela, a palmeira, permanece lá, imóvel, girando e girando até ficar tonta, escrevendo cartas que nunca enviou, sustentando idealizações e com o professor Adelino como pretendente.
Quando o pai de Antonio morreu, ele voltou ao Brasil para o enterro, Maria Feliciana compareceu na esperança de poder dizer-lhe alguma coisa, mas não pôde.
Entre encontros e desencontros, viagens, amores e notícias vagas de Antonio ela vivia.
Ela caída doente, lia poemas, e até chegou a viajar para Pernambuco às escondidas na esperança de encontrar Antonio. Em vão.
Um dia, acidentalmente misturou uma carta para Antonio com outra para Maria Luiza. Quando deu por si, recebeu uma carta de sua amiga que a parabenizava pela coragem de se declarar a Antonio, e que iria enviar a ele com muito prazer. Estava feito. Sem querer e com temor, a carta chegou até ele.
Nessa carta, Feliciana contava tudo, falava sobre embrulho de feijão verde, as vezes que girava até cair no chão, a morte do pai de Antonio, as voltas que a vida dela deu e sua paixão, ainda latente por ele.
Ele escorregava pelos ombros de mulheres alheias, amou poucas delas, mas acabou se casando com Olímpia Coriolana, um casamento sem amor, induzido, quase forçado.
Coincidência ou não, Antonio estava voltando para o Brasil. Talvez largasse a mulher e viveria o amor com Feliciana ou talvez viria meramente a passeio.
O corpo dele foi encontrado à beira-mar, o navio que ele havia embarcado naufragou, e Maria Felicina o aguardou até o anoitecer, sentada no porto.
Com ele, foi encontrada a carta dela.

As características predominantes neste romance são:
Exagero sentimental.
“Proesia” (trechos do livro em que são mescladas a prosa do eu - lírico e a poesia de Gonçalves Dias)
Narrador em primeira pessoa.
Idealismo.


Impossível seria falar sobre Dias e Dias sem falar em mim. Platonismo e Idealização são pouco “praticados” hoje. Imagino-me no lugar de Feliciana, talvez não teria esperado tanto tempo. Imagino-me lendo os poemas de Gonçalves Dias e me sentindo um pouco parte deles. Imagino-me girando até cair no chão ou deitada sob uma abertura no telhado a olhar o céu e idealizar meu amado, que se encontrava tão distante. Impossível não pensar em meus olhos verdes. Em verdes equívocos. Em uma longa espera... Em Dias e Dias de múltiplos sentimentos.
Dias de minha espera, minha alegria, minha tristeza. O amor de Feliciana não foi realizado, mas poderia ser. Não se sabe se Gonçalves Dias estava voltando ao Brasil para encontrá-la e viver um amor. O que restou foi o corpo dele num naufrágio com uma carta em suas malas. Carta de Maria Feliciana. O amor... Ele sim, vale a pena.
Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem.


[...] “E há dias e dias sinto meu coração como um sabiá na gaiola com a porta aberta, tenho vontade de girar, girar até ficar tonta e cair no chão, como eu fazia quando era menina. Trago em minhas mãos os versos que Antonio escreveu para meus olhos. A poesia fala de olhos verdes, e naquele momento, quando li pela primeira vez, acreditei que fossem meus olhos”
[...] Ana Miranda




[...] “Assim eu te amo
Assim, mais do que podem dizer-to os lábios meus
Mais do que vale cantar a voz do trovador cansada:
O que é belo, o que é justo, santo e grande
Amo em ti
Por tudo quanto sofro
Por quanto já sofri
Por quanto ainda me resta sofrer
Por tudo
Eu te amo.”

[...] Gonçalves Dias




Quando a arte corre em ti, não é preciso interpretá-la, pois ela significa algo só teu. Exclusivamente teu. Ela faz morada e flui em ti. Ninguém entende a alma do poeta. Mas ele vive mais que qualquer um. Ele sim, sabe amar. Ele sim, sabe o que é a verdadeira essência da arte.